Os fenômenos psicossomáticos não são coisas inventadas ou fantasia da nossa mente, são problemas reais e comuns, a sensação é que eles simplesmente aparecem, sem aviso prévio, mas na verdade o nosso corpo oferece diversos sinais, que ignoramos ou deixamos para resolver depois.
Os resultados de um processo de somatização não aparecem em exames médicos, já as doenças psicossomáticas apresentam resultados laboratoriais, mas nem sempre fica claro que são sintomas da dimensão emocional.
Um dos principais vilões desses fenômenos é o estresse, que é uma reação normal do nosso organismo frente às situações adversas, mas o normal é que o estresse aparece como reação natural e em seguida desapareça (relaxar). Quando essas situações estressantes são constantes e não conseguimos relaxar, o estresse se torna crônico, o que é extremamente tóxico para o nosso organismo (devido à produção exagerada de cortisol).
A mistura de estresse, frustração, preocupação e tristeza constantes podem se tornar uma pressão psicológica difícil de aguentar. Então, numa tentativa do nosso corpo em nos avisar que algo não está correto, surgem os sinais físicos tendo uma relação direta com as nossas emoções.
As doenças psicossomáticas possuem múltiplos sintomas, as mais comuns são as alterações da sensibilidade, como a dor, o formigamento e até uma sensação térmica incômoda; as queixas intestinais, como a constipação, a cólica ou a diarreia. Estas são algumas das manifestações mais comuns:
- Gastroenterites (úlcera, gastrite);
- Problemas respiratórios (asma, bronquite);
- Alterações cardiovasculares (pressão alta, taquicardia);
- Problemas dermatológicos (vitiligo, psoríase, dermatite, herpes, urticária, eczema);
- Enxaquecas e vertigens;
- Processos inflamatórios nas articulações (como artrite, artrose, tendinite, reumatismos).
É importante entender que estes sintomas não são necessariamente questões psicossomáticas, por isso é necessário buscar atendimento de um profissional que lhe orientará se os seus sintomas podem ser psicossomáticos, eles podem ser identificados por um médico, mas são melhor compreendidas e trabalhadas com a ajuda de um profissional mental, um psicólogo ou psiquiatra.
Para evitar o desenvolvimento destes fenômenos é importante falar sobre o que lhe angústia, guardar para si questões que são desconfortáveis ou deixar de olhar para elas pode ser danoso e até mesmo perigoso, já que o adoecimento pode acontecer de forma silenciosa e sorrateira.
A psicoterapia ou a análise é essencial na prevenção da sua saúde mental, falar é importante, mas falar sobre o que incomoda com um profissional de saúde mental pode ser libertado!